Barcos


  Lanchas
Lanchas de desembarque médias ou LDM é um tipo de lancha que foi utilizada pela marinha portuguesa durante a Guerra Colonial Portuguesa.
Desde 1961 a 1976, foram construídas nos estaleiros portugueses 65 lanchas LDM.
O papel destas lanchas foi de extrema importância, principalmente na ex-Guiné Portuguesa, devido à rede hidrográfica do território
Lanchas de desembarque pequenas ou LDP é um tipo de lancha que foi utilizada pela marinha portuguesa durante a Guerra Colonial Portuguesa.
Desde 1961 a 1976, foram construídas nos estaleiros portugueses 26 lanchas LDP.
O papel destas lanchas foi de extrema importância, principalmente na ex-Guiné Portuguesa, devido à rede hidrográfica do território
Na Marinha Portuguesa são classificadas como lanchas de fiscalização as embarcações rápidas de patrulha, com deslocamento inferior a 300 toneladas, normalmente armadas com metralhadoras ou peças de calibre inferior a 40 mm. Parte das lanchas de fiscalização empregues na Guerra do Ultramar estava também armada com lança-foguetes.
Na década de 1960, as lanchas de fiscalização foram divididas em dois subtipos:
  1. Lancha de fiscalização grande (LFG);
  2. Lancha de fiscalização pequena (LGP).
As LFG eram constituídas pela Classe Argos (1963) de 210 toneladas de deslocamento. Originalmente a Classe Cacine, de 310 toneladas, também foi considerada LFG, sendo depois reclassificada como navio-patrulha.
As LFP incluiam muitos tipos e classes, incluindo as Antares, Bellatrix, Júpiter e Albatroz, com deslocamentos entre 18 e 70 toneladas.
Na Guerra do Ultramar, as Lanchas de Fiscalização da Marinha Portuguesa foram parte muito importante nas acções de combate sobretudo nos rios da Guiné-Bissau e no Lago Niassa em Moçambique.
Actualmente, a Marinha Portuguesa, além da antiga Classe Albatroz, utiliza lanchas de fiscalização das classes Argos (1991), Centauro e Rio Minho. A separação entre LFG e LFP caiu em desuso, sendo agora mais usual classificar as lanchas conforme o ambiente de actuação:
As corridas de Barcos Dragão estão profundamente enraizadas nas tradições milenares chinesas, e originalmente celebravam-se no 5º dia do 5º mês do calendário chinês, que corresponde sensívelmente
a Junho.
Na sua origem está a celebração da morte de um grande poeta e diplomata: Wât-Yun, que viveu no período dos Sete Reinos Combatentes (475-221a.c.).
Depois de ter apoiado uma deslocação do imperador a um reino vizinho, enquanto conselheiro real, que foi mal sucedida, Wât-Yun retirou-se para a sua terra natal, onde se suicidou atirando-se ao rio Mek Lo.
Quando os barcos que o iam resgatar se aproximavam do corpo, os remadores atiraram bolinhos de arroz – tchong – para saciar os monstros marinhos, ao mesmo tempo que batiam com os remos para os afugentar. O barco simboliza o dragão que representa a virilidade, o vigor, a fertilidade; é um ser benéfico, apanágio dos deuses.
Desde então, que estas festividades tem sido associadas a outras celebrações.
Barcos é uma freguesia portuguesa do concelho de Tabuaço, com 9,81 km² de área e 658 habitantes

(2001). Densidade: 67,1 hab/km².
Foi sede de concelho entre 1263 e 1855. Era constituído pelas freguesias de Adorigo, Barcos, Santa Leocádia e Santo Adrião. Tinha, em 1801, 1 499 habitantes. Após as reformas administrativas do início do liberalismo foram integradas no município as freguesias de Folgosa, Vila Seca, Pinheiros e Vale de Figueira. Tinha, em 1849, 3 193 habitantes.



A Igreja de Barcos é muito conhecida! José Saraiva já fez um programa sobre ela.


Navios


Um navio é uma grande embarcação, geralmente dotada de um ou mais conveses. Um navio tem, geralmente, tamanho para transportar os seus próprios barcos, comobotes salva-vidasbotes ou lanchas. Geralmente, a lei local e orgãos de regulamentação irão definir o tamanho ou o número de mastros que um barco deverá ter para ser elevado à categoria de navio. Os submarinos não são referidos como "barcos", exceto os submarinos nucleares, classificados como navios. As empresas sul-coreanas HyundaySamsung e Daewoo são as principaisconstrutoras de navios.
Outra definição para 'Navio' é qualquer embarcação que transporte carga com objectivo comercial. Os navios de passageiros transportam 'supercarga' (outra designação para passageiros e pessoas que não trabalham a bordo). Barcos de pesca nunca são considerados 'navios', embora também transportem botes salva-vidas e carga (a pesca do dia). Os Ferries de pequena dimensão também não são considerados 'navios', no entanto a maioria dos ferries em serviço no mundo são navios de passageiros, com capacidade para transportarem também veículos.
Náutica refere-se aos navios e às práticas de navegação.
RMS Titanic foi um navio transatlântico da Classe Olympic operado pela White Star Line e construído nos estaleiros da Harland and Wolff em BelfastIrlanda do Norte. Na noite de 14 de abril de 1912, durante sua viagem inaugural, chocou-se com um iceberg noOceano Atlântico e afundou duas horas e quarenta minutos depois, na madrugada do dia15 de abril de 1912. Até o seu lançamento em 1912, ele foi o maior navio de passageiros do mundo.
O naufrágio resultou na morte de 1523 pessoas, hierarquizando-a como uma das piores catástrofes marítimas de todos os tempos. O Titanic provinha de algumas das mais avançadas tecnologias disponíveis da época e foi popularmente referenciado como "inafundável" - na verdade, um folheto publicitário de 1910, da White Star Line, sobre o Titanic, alegava que ele fora "concebido para ser inafundável". Foi um grande choque para muitos que, apesar da tecnologia avançada e experiente tripulação, o Titanic ainda afundou com uma grande perda de vidas humanas. Os meios de comunicação social sobre o frenesi de vítimas famosas do Titanic, as lendas sobre o que aconteceu a bordo do navio, as mudanças resultantes do direito marítimo, bem como a descoberta do local do naufrágio em 1985 por uma equipe liderada pelo Dr. Robert Ballard fizeram a história do Titanic persistir famosa desde então.O Titanic foi um transatlântico da White Star Line, construído nos estaleiros da Harland e Wolff, em BelfastIrlanda destinado a competir com os navios Lusitânia e Mauritânia da empresa rival Cunard Line. O Titanic, juntamente com os seus irmãos da classeOlympic, o Olympic e o ainda em construçãoBritannic (originalmente chamado de Gigantic), se destinavam a ser os maiores e mais luxuosos navios a operar. Os projetistas foram William Pirrie,[1] diretor de ambas as empresas Harland and Wolff e White Star, o arquiteto naval Thomas Andrews, gerente de construção e chefe do departamento de design da Harland and Wolff,[2] e Alexander Carlisle, o projetista chefe e gerente geral do estaleiro do Titanic.[3] Carlisle sugeriu que se usasse noTitanic turcos maiores que poderiam dar ao navio um potencial de transporte de 48 botes salva vidas; isso seria o bastante para acomodar todos os passageiros a bordo. No entanto, a White Star Line, concordando com a maioria das sugestões, decidiu que apenas 16 botes salva vidas de madeira (16 sendo o mínimo permitido pelas leis da época, baseada na tonelagem projetada do Titanic) seriam transportados (também havia quatro botes salva vidas desmontáveis) que no total poderiam acomodar apenas 52% das pessoas a bordo.
A construção do RMS Titanic, financiada pelo americano J.P. Morgan e sua companhia International Mercantile Marine Co., começou em 31 de Março de 1909. O casco do Titanic foi lançado no dia 31 de Maio de 1911, e sua equipagem foi concluída em 31 de Março do ano seguinte.
Titanic tinha 269,10 metros de comprimento e 28 m de largura, uma tonelagem bruta de 46,328 toneladas, e uma altura da linha d'água até o deque de botes de 18 metros. O Titanic continha dois motores de quatro cilindros de expansão tripla, invertido com motores a vapor e uma turbina de baixa pressão Parsons de três hélices. Havia 29 caldeiras alimentadas por 159 fornos de carvão a combustão que tornaram possível a velocidade máxima de 23 nós (43 km/h). Apenas três das quatro chaminés de 19 metros de altura eram funcionais; a quarta chaminé servia apenas para ventilação; foi adicionada para dar ao navio uma aparência mais impressionante. O navio podia transportar um total de 3,547 pessoas, entre passageiros e tripulação e, por transportar correio, usava o prefixo RMS (de Royal Mail Steamer), bem como SS (Steam Ship).Na sua época, o Titanic superou as expectativas, porém seria diferente se seus principais interesses não fossem o luxo e a opulência. Ele ofereceu uma piscina a bordo, um ginásio, banho turco, bibliotecas, tanto em relação à primeira como à segunda classe, squash e um tribunal.[4]As salas da primeira classe eram enfeitadas com detalhes em madeira, móveis e outras decorações luxuosas.[5] Além disso, o Café Parisiense oferecia cozinha de primeira classe para os passageiros, com uma varanda de pôr-do-sol equipada com decorações trellis.[6]
O navio incorporou recursos avançados tecnologicamente, para sua época. Tinha um extenso subsistema elétrico alimentado com geradores de vapor para iluminação total do navio. Ele também ostentou dois telégrafos Marconi sem fio, incluindo um rádio de 1500 watts de potência tripulado por operadores de rádio que trabalharam em turnos, permitindo o contacto e à transmissão de mensagens de muitos passageirosO Titanic era muito semelhante ao seu irmão mais velho Olympic. Embora possuísse maior espaço interno, e por consequência fosse mais pesado, o casco era exatamente do mesmo comprimento que o do Olympic. Mas havia algumas diferenças. Duas das mais notáveis eram que mais da metade da parte da frente do deque A de passeio do Titanic fora substituída por janelas basculantes e a configuração das janelas do deque B diferia das do Olympic. O Titanic tinha um restaurante especial chamado Café Parisien, uma característica que o Olympic não tivera até 1913. Alguns dos defeitos encontrados no Olympic, tais como o rangido na inversão para a marcha ré, foram corrigidos no Titanic. As luzes e a iluminação natural do deque A eram arredondadas; enquanto que no Olympic elas eram ovais. A Ponte de comando do Titanic era maior e mais longa que a do Olympic.[8] Essas, e outras modificações, fizeram do Titanic 1,004 toneladas brutas maior que o Olympic e assim, o maior navio em actividade em todo o mundo durante sua viagem inaugural em Abril de 1912.O navio iniciou a sua viagem inaugural de Southampton, na Inglaterra, com destino à cidade de Nova York, nos Estados Unidos, na quarta-feira, 10 de Abril de 1912, com o CapitãoEdward J. Smith no comando. Assim que abandonou o seu cais, o Titanic provocou a aproximação do SS New York, que estava ancorado nas proximidades, rompendo as suas amarras e quase se chocando com o navio, a tempo de os rebocadores retirarem o Titanicdo canal. O acidente atrasou a partida em uma hora. Depois de atravessar o Canal da Mancha, o Titanic parou em CherbourgFrança, para receber mais passageiros e parou novamente no dia seguinte em Queenstown (hoje conhecida como Cobh), na Irlanda, antes de prosseguir para Nova Iorque com 2,240 pessoas a bordo.Algumas das mais proeminentes pessoas em todo o mundo viajaram na primeira classe. Estas incluíam o milionário John Jacob Astor IV e sua esposa, Madeleine Force Astor; o industrialBenjamin Guggenheim; Isidor Straus, proprietário da Macy's e sua esposa Ida; a milionária deDenver, Margaret "Molly" Brown; Sir Cosmo Duff Gordon e sua esposa, a couturière Lady Lucille Duff-Gordon; George Elkins Widener e sua esposa Eleanor; John Borland Thayer, sua esposa Marian e seu filho de dezessete anos de idade, Jack; o jornalista William Thomas Stead, a Condessa de Rothes; o assessor presidencial norte-americano Archibald Butt; a autora e socialiteHelen Churchill Candee; o autor Jacques Futrelle, sua esposa May e os seus amigos, os produtores da Broadway Henry e Irene Harris; a atriz de filme mudo Dorothy Gibson, e outros. Também viajaram na primeira classe o diretor da White Star Line, J. Bruce Ismay, que surgiu com a ideia do Titanic, e o projetista do navio Thomas Andrews, que estava a bordo para observar eventuais problemas e avaliar o desempenho geral do novo navio.Ao anoitecer de 14 de Abril, o Comandante Smith depois de receber um aviso de presença de icebergs na zona, manda reforçar a vigia no mastro de proa e fornecer binóculos. Esses equipamentos não foram encontrados e os vigias tiveram que fazer o seu trabalho apenas visualmente. O Comandante Smith retirou-se para os seus aposentos, deixando o comando ao Segundo Oficial Charles Lightoller, que mais tarde foi substituído pelo Primeiro Oficial, William Murdoch. A noite estava fria e calma, sem ondulação nem vento. Somente a luz das estrelas e do Titaniciluminavam a escuridão. Às 22h30, a temperatura da água do mar era gelada, cerca de 0,5 °C abaixo de zero, o suficiente para matar por hipotermia uma pessoa em apenas vinte minutos.
Às 23h40, os vigias do mastro Frederick Fleet e Reginald Lee, avistam uma sombra mais escura que o mar. A imensa sombra cresceu rapidamente e revelou ser um imenso iceberg na direção do navio. Imediatamente o pânico deu lugar aos reflexos e Fleet tocou o sino de alerta do mastro três vezes e ergueu o comunicador para falar com a Ponte de Comando. Preciosos segundos se perderam até que o comunicador foi atendido pelo Sexto Oficial Paul Moody onde Fleet gritou "Iceberg logo à frente". O Primeiro Oficial que ouvira e vira a imensa massa de gelo na direção do navio, entrou na ponte de comando. Gritou, ordenando ao timoneiro Robert Hitchens "tudo a estibordo", e à casa de máquinas, "máquinas a ré toda a força", foi a pior coisa que ele poderia ter ordenado, a reversão dos motores, pois, dada a pequena distância que separava o Titanic do iceberg, e mesmo apesar da grande potência de torção que os motores transmitiam às hélices, ele não tinha tempo de parar, para além do mais que o reverso dos motores fez perder a eficácia do leme, pois o leme consegue mudar o rumo do navio com a água a passar por ele com grande força. Com a reversão do movimento das hélices, esse forte fluxo de água que corria para o leme foi cortado em mais de 70 por cento, e quando os motores ganharam aceleração para as hélices, a água que pelo leme passava não era suficiente para deslocar rapidamente o navio para evitar a colisão. Se os motores tivessem sido mantidos em marcha para a frente a todo o vapor, e tivessem virado o leme ao máximo a estibordo, o Titanic teria passado a escassos metros do iceberg, talvez a 5 metros de distancia ou um pouco menos, mas ainda hoje ele poderia existir. Na ponte de comando e no mastro de proa, os tripulantes observaram inertes o imenso iceberg vindo em rumo de colisão.
Na casa das máquinas, a correria foi grande. O vapor que estava a ser enviado para os motores tinha de ser fechado, a fim de parar os pistões. Nas salas de caldeiras, os carvoeiros tiveram que parar de alimentar as fornalhas e abrir os abafadores das caldeiras. Quando os enormes pistões estavam quase parados, uma alavanca na base dos motores fora acionada para reverter os giros das hélices centrais, e então as válvulas tiveram que ser novamente acionadas para libertar o vapor para entrar nos motores que começaram a girar no sentido inverso. A hélice central assim que fora acionado o reverso dos motores parou de funcionar, pois este não era acionado pelos motores do navio, mas por uma turbina que era alimentada pela sobra do vapor dos motores.A proa do navio começa a deslocar-se do obstáculo e 47 segundos após se ter visto o iceberg, não se consegue evitar a colisão. Esta ocorre às 23h40, na Latitude 41º 46´N e Longitude 50º 14´W. Arestas do iceberg colidem com o casco do navio, fazendo com que se soltem os rebites entre as placas de aço, resultando em pequenas aberturas no casco, tendo sido afetados mais de noventa metros de casco deixando abertos os 5 compartimentos estanques. Apenas 20 minutos depois, o convés já tinha começado a inclinar-se.
O vigia Fleet baixa-se no ninho da gávea do mastro de proa e sente o navio tremer e pedaços de gelo são arremessados ao convés da proa. O navio todo treme e na ponte de comando o oficial Murdoch aciona imediatamente o encerramento das portas estanques. Nos porões de carga do navio, a água jorra com imensa força. Seguiu-se então um estrondo e a água do mar rompeu por toda a lateral da sala de caldeiras número seis. As primeiras vítimas foram cinco operários que lutavam para manter seguras as correspondências na sala de correios inundada logo após a colisão. Morreram todos afogados tentando salvar as cartas que rumavam para a América a bordo do navio.Com o abanão provocado pela colisão, muitos passageiros acordaram. O Comandante Smith dirigiu-se imediatamente para a ponte de comando e foi informado do ocorrido. Ordenou imediatamente a paragem total das máquinas. Com a paragem das máquinas, um barulho ensurdecedor é ouvido na área externa do navio, devido à grande quantidade de vapor expelido.
O Comandante Smith chamou o Engenheiro-chefe, Thomas Andrews, e solicitou um exame das avarias. Após alguns minutos, Andrews selou o destino do Titanic dizendo: "O navio vai afundar, temos menos de duas horas para evacuá-lo". Bruce Ismay, Presidente da White Star Line e o Comandante Smith mostraram-se incrédulos com o relato. "O Titanic não pode afundar" - menciona Ismay - "é impossível ele afundar". Haviam sido atingidos 5 compartimentos estanques. Com quatro compartimentos, o Titanic ainda conseguiria flutuar, mas o peso de cinco compartimentos cheios de água a proa inundaria, fazendo com que a água atravessasse para os outros compartimentos, por cima das portas estanques. A água do sexto compartimento passaria para o sétimo compartimento, depois para o oitavo compartimento, e assim por diante.Por volta das 0h01 do dia 15 de Abril, o Comandante Smith dirige-se à cabine de telégrafos e solicita para que os operadores do turno, Jack Phillips e Harold Bride, enviem a posição do navio junto com um pedido de ajuda. "SOS. Abalroamos um Iceberg. Afundamento rápido. Venham ajudar-nos". Foi a primeira vez que o sinal internacional de SOS por rádio , foi utilizado num acidente, pois o primeironavio a enviar um SOS foi o Arapahoe em 1909 quando se encontrava perdido. O navio de passageiros RMS Carpathia, da "Cunard Line", estava a quatro horas de distância do Titanic. Foi o primeiro a acorrer ao local. O rádio operador do Carpathia antes de ir dormir, efectuou uma última verificação às comunicações e captou a mensagem do Titanic. Próximo ao Titanic, havia um navio que era visível, possivelmente o SS Californian. O seu telegrafista não recebeu os pedidos de ajuda, pois acredita-se que estava a dormir. Não era comum manter telegrafistas a trabalhar durante a noite. Após o desastre do Titanic isso tornou-se obrigatório.
Às 0h05, o Comandante Smith reuniu os oficiais e informou-os do ocorrido. Solicitou que os passageiros fossem acordados e que se dirigissem ao convés onde se encontravam os botes salva-vidas para serem evacuados. Sabiam que o número de botes era suficiente para apenas pouco mais da metade das pessoas a bordo, mas mesmo assim pediu para não haver pânico. Os empregados começaram a passar de cabine em cabine na primeira e segunda classes, acordando os passageiros, solicitando para colocarem os coletes salva-vidas e para que se dirigissem para o convés dos botes imediatamente. Enquanto isso, os passageiros da terceira classe permaneciam reunidos e trancados no grande salão da terceira classe junto à popa (parte de trás do navio). Muitos passageiros revoltaram-se, e alguns aventuraram-se pelos labirintos de corredores no interior do navio para tentar encontrar outra saída. Alguns conseguiram escapar com vida, mas muitos deles acabaram sepultados dentro do Titanic. A evacuação havia sido feita de acordo com as classes sociais a que os passageiros pertenciam, valor até então aceitável.
Às 0h31, os botes começam a ser preenchidos com "mulheres e crianças primeiro". Os primeiros botes foram lançados sem ter a lotação máxima permitida. Lightoller segue com rigor as ordens de embarcar somente mulheres e crianças.Entretanto, a estibordo do navio o Primeiro Oficial Murdock permitia a entrada de homens solteiros e casais nos botes, após a entrada de mulheres e crianças, e fazia os botes descer completamente cheios,mesmo com homens,e por isso,muitos homens que se salvaram devem a sua vida a esse oficial. Alguns sobreviventes relataram que a sensação ao caminhar no convés de botes era como a de estar descendo um monte.
Como o navio que estava próximo não respondia, nem aos sinais do telégrafo, nem aos sinais da lanterna, às 0h45, o Capitão Smith manda que fossem disparados os foguetes de sinalização. É arriado o primeiro bote salva-vidas nº 7, com apenas 27 pessoas. A fim de evitar o pânico, o capitão solicitou que a orquestra de bordo viesse tocar junto ao convés dos botes para acalmar os passageiros. A tradição diz que a banda foi para o fundo a tocar "Nearer My God to Thee". Segundo o testemunho do segundo operador de rádio, estava a tocar "Autumn", um hino episcopal.
Enquanto isso, Thomas Andrews tenta ajudar do jeito que pode, ajudando os passageiros a porem os coletes salva-vidas, mesmo sabendo que seu esforço não salvará muitas vidas.
Às 1h25, a inclinação do convés fica maior. Ordens são dadas para que os botes desçam mais cheios. Thomas Andrews, o engenheiro-chefe, ajuda na decida dos botes fazendo com que eles sejam devidamente cheios. A água já atinge o nome do Titanic pintado na proa. O navio começa a se inclinar para bombordo. Andrews é visto pela última vez na sala para fumantes da primeira classe.
Enquanto que nos primeiros botes tinha que se implorar para que as pessoas entrassem, fazendo muitos deles descer praticamente vazios, nos últimos, o tumulto era bem visível. Relatam-se tiros para conter os mais afoitos. Faltando pouco mais de dois botes para deixar o navio, os passageiros da terceira classe são liberados. Restavam apenas esses dois botes e os dois desmontáveis que ficavam junto à base da primeira chaminé. Devido a confusão, Lightoller sacode sua pistola no ar e provavelmente atira para manter o controle durante a decida do desmontável ´´D``. A água gélida já invadia os convés, quando os botes desmontáveis conseguiram ser lançados.
Às 2h05, é arriado o último bote salva-vidas, o desmontável "D", com 44 pessoas. Às 2h10, é enviado o último sinal pelos telegrafistas. O Capitão Smith ordena "cada um por si" e não é mais visto por ninguém. Já com a proa mergulhada no mar e a água a atingir o convés de botes, o pânico é geral. Heroicamente, os operários da sala de eletricidade resistem até ao final para manter as luzes enquanto podem. Às2h18, as luzes do navio piscam uma vez depois apagam-se para sempre.
Na primeira chaminé, os seus cabos de sutentação, não aguentando mais a pressão exercida sobre eles, rebentam, e a chaminé tomba na água, esmagando dezenas de pessoas nos convés e na água, inclusive, John Jacob Astor IV, homem mais rico do navio. O mesmo acontece com a segunda chaminé. A inclinação do navio chega aos 35° e a água gélida avança rapidamente, arrasando tudo o que há pela frente. Muitos são sugados pelas janelas para dentro do navio pela força das águas. A popa do Titanic sobe, mostrando suas imponentes hélices de bronze. Quando a inclinação do navio chega ao 43°, maior fica a pressão exercida no centro do navio, e o casco do navio não suportando a pressão provoca a ruptura do casco do Titanic, junto à terceira chaminé, dividindo o navio em dois. A popa pesando vinte mil toneladas desaba por cima de centenas de passageiros esmagando-os. Enquanto a proa submerge, a mesma arrasta a popa, deixando-a na vertical e segundos depois desprende-se da popa e mergulha pra as profundezas. A popa então sobe alguns metros e fica parada. Muitos passageiros se seguram como podem enquanto alguns não aguentando, caem violentamente entre as ferragens da popa em vertical e depois de dois minutos emersa a popa começa a descer levando consigo centenas de passageiros. Às 2h20 o navio mergulha a pique pelas profundezas do oceano.